sexta-feira, 11 de março de 2011

Fanfics: Resident Evil - A Raposa Azul (Parte 6)


O Encontro no Metrô Parte 4 (Confronto)


As luzes piscavam, faíscas caiam sobre os olhos do Evoluído, que continuavam fixos, naqueles que seriam suas presas.

O tempo retrocede.
Aquele homem que aparentava ter seus trinta e poucos anos, corria para sua sobrevivência, todos aqueles que um dia ele chegou a amar, estavam mortos. Seu sangue gelara ao ver sua esposa ser atacado por canibais, ou como de costume, Zumbis. Ele não pôde fazer nada para salvá-la, apenas assistir quieto. Correr. Sua única alternativa, não havia mais nada ali que o segurara. As lagrimas pareciam não ter mais fim, remorso, culpa, medo e pânico... Como definir seus sentimentos em palavras? O homem chegara ao seu limite, uma saída, o metrô. Mas antes que pudesse descer pelas escadas fora atacado por um corvo, seu bico perfura seu pescoço, em seu bico uma pequena larva colocara dentro do corpo do homem que, por sua vez, com uma das mãos retira o corvo e o esmaga, um pequeno grito com seu último fôlego pôde se ouvir.
O homem acabara cambaleando até a beira da escada e por fim se descuida, suas pernas perdem as forças e acaba caindo da escada. As pancadas, ossos quebrando e o sangue da perfuração feita pelo corvo, nada doía mais do que a Larva devorando-o por dentro.
O fluxo sanguíneo levara a Larva para qualquer lugar em uma velocidade incrível, sempre despejando pequenos ovos minúsculos a cada veia que percorria, toda essa viagem pelo corpo humano tinha um objetivo, o coração. A partir dali, seu tamanho fora aumentando, ganhando forma. Ele não tinha rosto, mas sim formado por tentáculos que espalhara para todo o corpo, chegando a atingir o cérebro. Controle absoluto.
Aquele homem perdera sua vida, não passava de uma aberração que continuava a crescer, a evoluir.
Rayan parecia fixo com seu celular, as linhas estavam congestionadas, quando se depara com o Evoluído ao fim da plataforma principal. Rayan percebera que aquela criatura, gritando de dor e crescendo seu tamanho a cada segundo, não o reparara. Silenciosamente, leva o celular para suas costas e pressiona o botão End Call.
Bip.
Esse pequeno som quase imperceptível para um homem comum, fora mais que o suficiente para chamar a atenção do Evoluído.
- Mas que droga... – resmunga Rayan.

De volta.
Billy respirava levemente tentando controlar seus batimentos cardíacos, a chave para o sucesso seria sua calma, nada poderia dar errado. Seus olhos estavam fixos, não no Evoluído, e sim, atrás dele. Uma grande caixa de emergência contendo um machado que, normalmente, é usado quando acontece algum acidente e precisa cortar metais, quebrar janelas e salvar vidas. Suas vidas estavam em perigo e aquele machado os salvaria.
 Rebecca, por sua vez, estava um pouco mais aflita, pois jamais imaginara passar por tudo de novo. Será que uma vez envolvido com essa organização, conseguiria um descanso, uma paz? Ela não tinha a resposta para essa e outras centenas de perguntas, mas sabia que agora essa seria sua realidade.
As luzes continuavam a piscar, as faíscas causadas pelo curto circuito evaporavam do ar antes mesmo de chegar ao chão. O silêncio tomara conta do lugar.
Num único impulso, Billy tomara a dianteira, correndo contra o Evoluído. Antes mesmo de a criatura dar seu segundo passo, Billy já o alcançara, o Evoluído era grande e provavelmente muito forte, mas Billy era mais rápido e sua força...? Era o que descobriria a partir dali.
Usando todas as suas forças, seja das pernas, do tronco e do braço, Billy se chocara com a criatura tentando empurrá-lo contra a porta, mas não adiantara, o máximo que conseguira foi mover míseros cinco centímetros o Evoluído.
Os olhos da criatura eram negros, mas agora lentamente fora ganhando uma nova cor. Vermelho. O braço de Billy estava sobre o abdômen do Evoluído que, com uma das mãos, segura seu pulso esquerdo espremendo-o. Billy grita com todo ar de seus pulmões, a dor era incontrolável. A força daquela criatura era absurdamente superior a de um homem comum, ou até mesmo, do homem mais forte da Terra. Tentando reagir, Billy tenta puxar seu braço de volta, antes que se quebrasse, mas não adiantara, sua força fora se esvaindo. O Evoluído parecia querer mais, o prazer da dor humana era como música aos seus ouvidos, o grito, a dor e principalmente o medo, ele gostava dessa sensação de superioridade. Enquanto segurava Billy com sua mão direita, a criatura erguera o braço esquerdo, ele queria mostrar mais. Um tentáculo saltara para fora de sua mão, muito parecido como a habilidade do Nemesis, aquilo significativa somente uma coisa, o fim para sua vítima.
Sangue. Desde que o mundo é mundo o sangue é vermelho. Dizem que estamos vivos graças ao nosso cérebro e ao coração, mas sempre questionei esse pensamento. Tudo o que somos é graças ao sangue, ele quem faz a manutenção diária dos nossos órgãos, sem ele nada somos. Eu pude sentir esse mesmo sangue espirrando sobre o meu rosto, quente, vivo. Então, acaba aqui, antes mesmo de começar?”
Uma leve chuva de sangue esparrama por todo o vagão.

O vidro se quebra em vários pedacinhos e os cacos caem por todo o chão. A mão firme de Rayan puxa a alavanca, mas nada acontece. O trem continuava a seguir seu rumo se direção alguma.
- Não está funcionando? – Michele pergunta indignada – Por quê?
- A energia... – Rayan fica pensativo.
- O que?
- A energia – responde Rayan – Esse trem funciona a base de eletricidade e essa constante variação de energia afeta o funcionamento dos freios... Eu acho que é isso.
- Como assim, “eu acho”?
- Eu era cientista, trabalhava com genes, mas a ideia desse local é a mesma de um laboratório.
- Isso quer dizer que não vamos conseguir parar essa lata velha?
- Vamos procurar alguma coisa que possa conduzir eletricidade.
- E isso significa?
- ...Cabos.
- OK.

Algo pesado cai sobre o chão de aço, banhando-o com muito sangue. Billy se afasta e abre um largo sorriso.
- Funcionou, Rebecca.
Rebecca segurava firme com as duas mãos o cabo do machado e no ultimo segundo arrancara fora o braço direito do Evoluído com um único, e certeiro, corte. Uma gota de suor escorre por seu rosto, passando ao lado do olho direito, descendo pela maçã do rosto até chegar ao limite, o queixo. A gota cai. Antes que a gota de suor pudesse chegar a tocar o chão, o Evoluído acerta a boca do estomago de Rebecca que é arremessada a vários metros do lugar onde se encontrava. Seu corpo leve só conseguiu parar na parede.
- Rebecca! – Grita Billy.
O Evoluído ignora Billy e corre na direção de Rebecca, que mal conseguia se levantar, seu braço arrancado fazia uma trilha de sangue, com seu outro braço intacto, novamente da palma se sua mão joga um tentáculo contra ela e acaba preso no seu pescoço, mordendo-a com aqueles dentes horripilantes.
- Droga! – Billy percebe que o machado ficara ali ao seu lado. Mesmo com o pulso doendo ele segura o machado e parte para o Evoluído.
O movimento lembrava um arco-íris, que nascia de um lugar qualquer e terminava nas costas da criatura. A pele rasgara, o sangue espirrava, a lâmina do machado era afiada o suficiente para alcançar a espinha dorsal do Evoluído. Gritos. Billy retira a lâmina e desfere mais um golpe, e outro, e outro, outro. Uma sequência movida ao ódio. O Evoluído cai de joelho, suas forças pareciam ter acabado, o tentáculo cai do pescoço de Rebecca praticamente morto, mas Billy não o perdoaria. Com um golpe final, Billy decepara a criatura. A cabeça voa por uma das janelas do trem em movimento. O corpo morto da criatura cai e a luta terminara
- Rebecca, você esta bem?- Billy pergunta tentando levantá-la.
- Sim – o pescoço dela estava com umas manchas de sangue.
Billy passa a mão sobre a ferida e percebe algo estranho.
“ Não existe a marca dos dentes... ou melhor, esse sangue não é dela! “
Instantaneamente ele olha para o tentáculo que a mordera. Billy não acreditava, o tentáculo estava com um corte como se tivesse sido atravessado de dentro para fora.
“ Será que a Rebecca o matou? É bem provável, mas como?Eu juro que tinha visto a mordida.”
- Billy?- Rebecca percebe que ele estava pensativo e que algo de estranho o incomodava.
- Rebecca, o que aconteceu quando foi atacada?
- Eu só me lembro que estava tentando me levantar e...
- Rebecca! – grita Rayan correndo em sua direção – Você está bem?
- Sim...
A intenção de Rebecca era uma resposta completa, mas Billy lhe acerta um soco no rosto de Rayan.
- O que você fez com ela seu desgraçado? No que você a transformou?
- Eu não a transformei em nada.
- O que diabos é a Raposa Azul? – pergunta Billy mais do que nervoso.
- Como você conhece esse nome? Quem lhe contou isso?- Rayan ficara espantado ao ouvir esse nome sair da boca de Billy que mal o conhecera.
- Não importa Rayan Slovan... Mesmo se você não me contar, eu vou descobrir.
- Rebecca, vamos embora – Rayan não queria mais discutir com Billy.
- Não... Eu vou com Billy.
- Para onde?
- Para filial da Umbrella em Chicago – responde Billy.
- Então eu vou junto, eu não vou deixar a minha namorada, com um idiota.
- O que um bandido vai fazer conosco, nos matar quando não estivermos olhando? – diz Billy indignado.
- Billy, ele NÃO é bandido – Rebecca protegeu Rayan apesar de não saber o que ele tinha feito, ou acontecido, ela somente o amava.
Billy se sente surpreso ao ver a reação de Rebecca,e percebera naquele momento que ela estava em cima do muro. Em quem confiar?
- Ele te implantou um vírus e você o protege? É isso?
- Já falei que vou com você pra Chicago, mas eu não aceito que fale mal do
meu namorado – Rebecca encara Billy com um ar superior, ela havia mudado não era mais uma jovem indefesa.
- Faça o que bem entender. – Billy dá as costas e vai para outro vagão.
Rayan e Rebecca ficam abraçados.
- Que cena de ciúmes foi essa Coen? – Henry o aguardava no ultimo vagão.
- Eu sabia que ia estar aqui.
- Nossa, me sinto honrado. – com um sorriso calmo.
- O que é a Raposa Azul? – pergunta Billy sem enrolar.
- Já te disse tudo o que sei. – seu tom de voz era sarcástico, porém sincero.
- Não vou insistir – responde Billy.
Ambos vão embora em silêncio, mas alguém os observava pela janela do vagão de trás.

TRINNNN TRINNNNN
Um telefone toca, um corredor completamente sombrio se ascende...



Fim do Sexto Capitulo

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